IMPORTAÇÃO
O Governo de Angola anunciou uma medida de forte impacto no setor comercial e industrial: a suspensão do licenciamento de importação de uma ampla gama de produtos alimentares, têxteis e hospitalares, com entrada em vigor a partir de 1 de julho de 2025.
Segundo o comunicado oficial emitido pelo Ministério da Indústria e Comércio, a suspensão abrange itens como farinha de trigo, farinha de milho, óleos refinados (de girassol, palma e soja), produtos de confeitaria, materiais hospitalares consumíveis, além de uniformes profissionais, escolares, militares e policiais.
A lista estende-se ainda a cereais em grão e suas misturas — incluindo trigo, milho, sorgo, centeio, cevada, aveia e arroz, bem como óleos vegetais em bruto embalados em "Big Boxes", derivados de diversas fontes como soja, girassol, algodão, coco, nabo silvestre, colza, linhaça, gergelim e amendoim (ginguba).
Essa decisão faz parte do PRODESI – Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações –, criado pelo Decreto Presidencial nº 169/18, de 20 de julho. O objetivo é claro: incentivar a produção nacional, reduzir a dependência externa e fortalecer a economia interna, promovendo o consumo e exportação de produtos feitos em Angola, com maior valor agregado.
Com a medida, o Governo espera dinamizar a indústria local e criar novas oportunidades para produtores nacionais, ao mesmo tempo em que protege o mercado interno e estimula a autossuficiência. Empresas e consumidores devem começar a se preparar para os impactos e oportunidades que essa política trará nos próximos meses.