DEPORTAÇÃO
O governo dos Estados Unidos está a considerar uma medida polémica: enviar imigrantes detidos e com antecedentes criminais para países africanos, mesmo que não sejam naturais dessas nações. A informação foi divulgada por meios de comunicação norte-americanos, com base em fontes ligadas à administração do presidente Donald Trump.
Segundo as fontes, Washington já iniciou conversações com Ruanda e Líbia, visando estabelecer acordos que permitam a transferência desses indivíduos. A proposta insere-se no modelo de "terceiro país seguro", que autoriza os EUA a deportar requerentes de asilo e migrantes irregulares para países considerados “seguros” pela diplomacia norte-americana — mesmo que estes não tenham laços diretos com os territórios em questão.
Ruanda e Líbia estão atualmente em análise, ao lado de outras nações que já aceitaram receber migrantes sob condições semelhantes, como México, El Salvador, Panamá e Costa Rica.
A proposta tem gerado forte reação por parte de organizações de direitos humanos, que alertam para o risco de deportações arbitrárias, possíveis violações do direito internacional e ameaças à segurança e dignidade dos migrantes.
Especialistas criticam a falta de garantias legais e de proteção adequada nos países propostos, especialmente em contextos frágeis como o da Líbia, frequentemente associado a conflitos e violações de direitos.
Essa medida reforça a política de imigração rigorosa defendida por Trump, e reacende o debate global sobre responsabilidade humanitária, soberania nacional e direitos dos refugiados.