SINPROF
O Sindicato Nacional dos Professores de Angola (SINPROF) anunciou a realização de uma greve nacional a partir do dia 15 de Janeiro, a ser executada em cinco fases, depois de fracassarem as negociações com o Governo em torno das principais reivindicações da classe docente.
Entre as exigências apresentadas estão a melhoria das condições de trabalho, o reajuste salarial, o pagamento de subsídios em atraso e o correto nivelamento das carreiras profissionais. O sindicato denuncia ainda profundas desigualdades salariais no sistema de ensino, sublinhando que muitos professores com licenciatura, mestrado e até doutoramento continuam enquadrados e remunerados como técnicos médios, sem o devido reconhecimento na carreira docente.
A decisão foi tomada na sequência da aprovação do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2026, que destina cerca de 6,49% do orçamento global ao sector da educação. Apesar do ligeiro aumento em relação aos 6,4% previstos no orçamento atualmente em execução, o SINPROF considera o acréscimo insuficiente para responder às reais necessidades do sector.
O sindicato chama ainda a atenção para o baixo nível de execução orçamental na educação, que, segundo dados apresentados, não atingiu sequer 50% ao longo do ano, situação que, na visão da organização, agrava as dificuldades enfrentadas pelos professores e compromete a qualidade do ensino no país.
