“Se for embora, não faz falta”, diz Ministra da Educação e gera revolta entre jovens angolanos


MINISTRA DA EDUCAÇÃO 

Luísa Maria Alves Grilo, Ministra da Educação de Angola, está no centro de uma tempestade de críticas após declarações feitas durante a 18.ª edição do Café CIPRA, que muitos consideram insensíveis e desrespeitosas para com a juventude angolana.

Durante o seu discurso, a ministra afirmou:

“O bom jovem fica mesmo aqui e faz críticas para nós melhorarmos o trabalho. Aquele que vai, não faz falta.”

A frase rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando indignação entre milhares de jovens que enfrentam diariamente o desemprego, a precariedade do ensino e a falta de oportunidades no país. Muitos interpretaram as palavras como um desprezo pela luta legítima de quem decide emigrar em busca de uma vida melhor.

Críticos destacam ainda a incoerência do discurso, lembrando que muitos filhos de dirigentes angolanos vivem no exterior, com acesso a educação e condições de vida que não estão disponíveis à maioria da população jovem em Angola.

As palavras da ministra reacenderam o debate sobre o papel do governo em criar condições reais para que os jovens se sintam motivados a construir o seu futuro dentro do país. Especialistas e membros da sociedade civil apelam a uma reflexão séria e a ações concretas que valorizem e apoiem a juventude angolana — uma força essencial para o progresso e o desenvolvimento nacional.


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