EUA planejam fechar embaixadas em África e Ásia — influência da China pode crescer


ESTADOS UNIDOS 

O governo de Donald Trump está a considerar o encerramento de 10 embaixadas e 11 consulados dos Estados Unidos espalhados pelo mundo, como parte de um plano de corte de despesas e reestruturação diplomática. A proposta ainda precisa da aprovação do Congresso norte-americano, mas já gera preocupações em vários círculos internacionais.

Entre as embaixadas que podem ser fechadas, seis estão localizadas em países africanos — incluindo Libéria, Guiné-Bissau, Sudão do Sul e África do Sul. Especialistas alertam que essa medida poderá abrir ainda mais espaço para a crescente influência da China no continente africano, justamente num momento em que Pequim reforça seus laços comerciais e diplomáticos com países da região.

“Em nome da doutrina 'América Primeiro', as embaixadas fecham portas, o gabinete para África é apagado e o continente torna-se apenas um ponto distante na cartografia do poder,” comentou um analista político, preocupado com os efeitos geoestratégicos da decisão.

Além da África, o plano inclui propostas para encerrar representações diplomáticas em países europeus como Luxemburgo, Malta, França e Alemanha, bem como em nações asiáticas e da América do Sul, como Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Guiana.

Críticos argumentam que o enfraquecimento da rede diplomática dos EUA pode comprometer tanto a segurança nacional como a sua capacidade de influência global, ao passo que rivais estratégicos aproveitam o vazio deixado.


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