“Quem não dá aulas, não recebe”: Ministra anuncia corte de salários a professores fantasmas


SALÁRIOS 

Durante uma visita à província da Huíla, a ministra da Educação, Luísa Maria Grilo, reafirmou o compromisso do Executivo em resolver os principais desafios que afetam o sector educativo em Angola. Entre os problemas destacados estão a falta de professores, a escassez de salas de aula, a estagnação na carreira docente e as limitações na oferta da merenda escolar.

Ao responder ao memorando apresentado pelo Gabinete Provincial da Educação, a ministra reconheceu que esses desafios são comuns em todo o país, mas assegurou que estão a ser implementadas soluções concretas. Uma das principais medidas em curso é a reorganização da folha de pagamento, por meio do Sistema Integrado de Gestão Financeira (SIGF), com foco no recadastramento rigoroso dos funcionários.

Segundo Luísa Grilo, o objetivo é claro: identificar e excluir da folha de salários todos os profissionais que não estão efetivamente a exercer funções no sector da educação. “Não podemos continuar a pagar salários a pessoas que não estão a trabalhar. Precisamos dessas vagas para contratar novos professores e atender à real necessidade das escolas”, afirmou.

A ministra enfatizou que os concursos públicos para novos docentes só têm sido possíveis graças à desativação de funcionários fantasmas, permitindo uma gestão mais justa e eficiente dos recursos humanos e financeiros do Estado.

A medida visa não apenas cortar gastos indevidos, mas também valorizar os profissionais ativos e garantir que cada centavo investido no sector contribua diretamente para a melhoria da qualidade do ensino.


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